segunda-feira, 27 de outubro de 2025

DIA DO GATO PRETO

 "O gato preto cruzou a estrada", mas outros simplesmente chegaram por abandono das mães ou dos humanos mesmo. E assim, nesse dia dedicado ao gato preto, venho citar os meus felinos dessa cor, cuja personalidade sempre foi calma e terna. Minha saudade hoje vai pra Bolo e Pescoço, que partiram de forma trágica, mas foram felizes e brincaram muito enquanto viveram.

Atualmente cuido de Bolinho, Rabo de Nó (nosso vovô de 10 aninhos), Zeca (o mais dengoso e quebrou o paradigma de me fazer dormir com gatos) e Black, que literalmente cruzou a estrada e trouxe de brinde Friday, um frajola tão manso que ganhou um segundo nome: Menino Bom! Mas que na primeira aventura nos telhados se perdeu e não voltou mais. 

Fica aqui a dica de adoção e contra o preconceito a meus "negros gatos": são companheiros leais, amorosos e amam um dengo. Sorte de quem adotá-los!

domingo, 1 de junho de 2025

COMO LIDAR COM A FALTA DE APOIO FAMILIAR?

Seja seu próprio apoiador:

  • Concentre-se em seus pontos fortes, pratique a gentileza consigo mesmo e procure manter um diálogo interno positivo. 
  • Busque apoio em outras redes:
    Estabeleça conexões com amigos, grupos de apoio ou comunidades que compartilhem seus interesses e valores. 
  • Defina limites:
    Aprenda a identificar e comunicar seus limites em relação aos membros da família que não oferecem apoio. 
  • Procure ajuda profissional:
    Se a falta de apoio familiar estiver causando sofrimento emocional, considere buscar apoio de um terapeuta ou psicólogo. 
  • Priorize o autocuidado:
    Crie hábitos de autocuidado que promovam seu bem-estar físico e emocional, como exercícios, meditação ou hobbies. 
  • Lembre-se da importância da resiliência:
    Desenvolver a capacidade de lidar com as adversidades e superar as dificuldades é fundamental para lidar com a falta de apoio familiar. 
  • Busque alternativas para construir uma rede de apoio:
    Explore grupos de apoio, comunidades online ou até mesmo grupos de mães/pais que possam oferecer suporte emocional e prático. 
  • Não se compare com outros:
    Cada família e cada indivíduo tem sua própria dinâmica, e não há uma maneira "certa" de ser apoiado. 
  • Comunicação é fundamental:
    Se você está abertamente comunicando a necessidade de apoio e não o está recebendo, considere procurar ajuda para lidar com a comunicação familiar ou mesmo optar por um distanciamento emocional, se necessário. 
  • Cuide da sua saúde mental:
    A falta de apoio familiar pode ter um impacto significativo na saúde mental, por isso, é importante estar atento a sintomas de depressão, ansiedade ou outros problemas emocionais e buscar ajuda profissional se necessário. 
  • Não se culpe:
    A falta de apoio familiar não é culpa sua. É importante lembrar que nem todos os membros da família conseguem ou querem oferecer o suporte necessário. 
OBS: Texto gerado pela IA em busca no Google com a tag "quando não temos apoio na família".

PELO AVESSO

 "Muitas vezes as mulheres se sentem estranhas no mundo. Elas conhecem a sua dupla origem. Tem a sensação de que vieram de um outro mundo. Para os homens muitas vezes a mulher é um ser impenetrável, que eles não conseguem entender, e que apesar de toda proximidade e toda fascinação permanece estranho. A estranha é uma imagem arquetípica. Quando as mulheres se confrontam com essa imagem elas se entendem melhor e aprendem a se equilibrar. Não precisam se desculpar por terem vindo de um mundo diferente do ambiente superficial do mundo no qual vivem. São gratas pelo mistério que abrigam, pelo que é estranho, desconhecido, indescritível nelas. É o que constitui a sua dignidade." (Anselm Grum - Rainha e Fera: mulher, seja o que você é!)

domingo, 20 de abril de 2025

LICENÇA PARA DORMIR

"De repente os olhos bem abertos. E a escuridão toda escura. Deve ser noite alta. Acendo a luz da cabeceira e para o meu desespero são duas horas da noite. E a cabeça clara e lúcida. Ainda arranjarei alguém igual a quem eu possa telefonar às duas da noite e que não me maldiga. Quem? Quem sofre de insônia? E as horas não passam. Saio da cama, tomo café. (...) Sente-se uma coisa que só tem um nome: solidão. Ler? Jamais. Escrever? Jamais. Passa-se um tempo, olha-se o relógio, quem sabe são cinco horas. Nem quatro chegaram. (...) Mas quantas vezes a insônia é um dom. De repente acordar no meio da noite e ter essa coisa rara: solidão. Quase nenhum ruído. Só o das ondas do mar batendo na praia. E tomo café com gosto, toda sozinha no mundo. Ninguém me interrompe o nada. É um nada a um tempo vazio e rico."

Li essa crônica de Clarice Lispector e selecionei recortes que me lembraram períodos terríveis de insônia, onde nenhum remédio fez o devido efeito sem me deixar grogue no dia seguinte ou exausta de um sono automático. Infelizmente, muitos podem ser os fatores. No meu caso foi stress, preocupação e, por fim, disfunção da tireoide. 

Dá um certo desespero quando os dias se passam e isso não se resolve, acordar no meio da noite e lembrar que 7h tenho que estar no meu trabalho conduzindo uma sala de aula. E a pessoa aqui tentou de tudo, de fitoterapia aos óleos essenciais, mas uma mente que não desliga infelizmente manda no organismo. Esse post não é de utilidade pública, mas eu digo logo a todo mundo que se queixa: não deixe que ela se instale e procure logo ajuda. Busque a higiene do sono, boas leituras, reduza o estímulo das telas, faça terapia, consulte um bom médico e se não gostar, procure outro, mas não fique só é insônia nessa.

terça-feira, 31 de dezembro de 2024

ADEUS 2024

"O último dia do ano não é o dia do tempo", diz Drummond num poema mais complexo que o instagramável Receita de Ano Novo. A espiral do tempo cumpriu um ciclo mais uma vez e parece que girou bem rápido, mas rápido até demais.

Ficam as lembranças nesse ano de tantos revezes, idas e vindas, de cinco pessoas especiais que partiram. Algumas aos poucos, outras de repente, mas tão de repente que até hoje penso que irei reencontrá-las. Como esquecer Dolores e nossas tiradas ácidas, tio Daniel e sua doçura, Alex e seu riso fácil, Dona Márcia "minha mãe carioca" e suas receitas e conselhos sábios? Pra terminar esse leque de perdas, como entender que Marisa não está mais aqui se estava comigo o tempo todo? Minha irmã preta de alma colorida, que me ensinou boa parte do que sei da vida, onde quer que você esteja, que esteja cercada de luz e amor.

quarta-feira, 20 de novembro de 2024

NOVELA DAS SEIS

Eu pedi, você pediu, todos pediram e História de Amor finalmente entrou no catálogo do Globoplay. E cá estou eu maratonando uma novela "de Helena" de Manoel Carlos e seu Reino Unido do Leblon e adjascências. Não assisti em 1995, pois não tinha TV e estava quase sempre na faculdade, mas ouvia as músicas no rádio e anos mais tarde conheci alguns dos personagens em alguma reprise do Vale a Pena Ver de Novo, que também assistia esporadicamente. 

A sensação foi tão nostálgica que listei coisas interessantes que fui registrando ao longo dos 209 capítulos. Mas não se espantem, pois como somos advertidos no início de cada capítulo: 

"Essa obra reproduz e comportamentos e costumes da época em que foi realizada."

1- A transição da fita K7 para o CD

2- Os celulares que só os ricos tinham

3- A chegada dos computadores e os cursinhos de informática 

4- Filme para máquina fotográfica

5- Porta sanfonada de plástico como divisória em flat chic

6- Ouvir rádio no Walkman

7- Gravação de programas de TV no videocassete

8- Mandar msg e docs por fax

9- Pagar com cheque pré-datado

10- A popularização do cartão de crédito com propaganda do extinto Bamerindus 

11- Atores posteriormente famosos que apareceram em uma cena/frase apenas

12- Muita cerveja Antártica em qualquer dia de trabalho ou folga da semana 

Como disse Regina Duarte em um entrevista, a novela poderia virar uma série. E realmente, parece uma série dessas boas de maratonar. Salvo os diálogos extensos, todos tiveram um papel e conseguiram como protagonistas ou coadjuvantes serem queridos da mesma forma. 

Veja mais curiosidades no link abaixo:

https://blogtvenovelas.wordpress.com/2021/03/01/nostalgia-da-tv-25-anos-de-historia-de-amor/


domingo, 15 de setembro de 2024

DE CLARICE PARA TANIA

Não pense que a pessoa tem tanta força assim a ponto de levar qualquer espécie de vida e continuar a mesma. Até cortar os defeitos pode ser perigoso – nunca se sabe qual o defeito que sustenta nosso edifício inteiro…há certos momentos em que o primeiro dever a realizar é em relação a si mesmo. Quase quatro anos me transformaram muito. Do momento em que me resignei, perdi toda a vivacidade e todo interesse pelas coisas. Você já viu como um touro castrado se transforma em boi. Assim fiquei eu…Para me adaptar ao que era inadaptável, para vencer minhas repulsas e meus sonhos, tive que cortar meus grilhões – cortei em mim a forma que poderia fazer mal aos outros e a mim. E com isso cortei também a minha força. Ouça: respeite mesmo o que é ruim em você – respeite sobretudo o que imagina que é ruim em você – não copie uma pessoa ideal, copie você mesma – é esse seu único meio de viver. Juro por Deus que, se houvesse um céu, uma pessoa que se sacrificou por covardia ia ser punida e iria para um inferno qualquer. Se é que uma vida morna não é ser punida por essa mesma mornidão. Pegue para você o que lhe pertence, e o que lhe pertence é tudo o que sua vida exige. Parece uma vida amoral. Mas o que é verdadeiramente imoral é ter desistido de si mesma. Gostaria mesmo que você me visse e assistisse minha vida sem eu saber. Ver o que pode suceder quando se pactua com a comodidade da alma. 

Clarice Lispector (1947 Berna – Suiça /Carta à irmã Tania Kaufmann)